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Presidente Rouhani visita Kuwait e Omã

Presidente Rouhani visita Kuwait e Omã
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De Antonio Oliveira E Silva com REUTERS E IRNA
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A visita aos dois Estados do Golfo é uma tentativa de reaproximação do Irão aos seus vizinhos, depois da crise diplomática com a Arábia Saudita.

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Com Reuters e IRNA

O presidente da República Islâmica do Irão, Hassan Rouhani, fez uma visita oficial ao Sultanato do Omã e ao Emirado do Kuwait. A visita de um dia serviu, segundo Teerão, para reforçar as boas relações com vizinhos do Golfo arabo-pérsico e para reafirmar a necessidade de união entre as comunidades muçulmanas sunita e xiita.

As relações entre o Irão- de maioria xiita – e os países do Golfo – de maioria sunita – têm ado por vários momentos de tensão, sendo o mais recente motivo de diferendo as posições antagónicas do Irão e dos seus vizinhos árabes a respeito dos conflitos na Síria e no Iémen.

No caso da Síria, Teerão apoia abertamente o Governo de Damasco e o presidente Bashar al-Assad, patrocinando as milícias xiitas que lutam ao lado das tropas governamentais contra as diferentes fações rebeldes e contra os jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico ou Daesh (sigla em língua árabe).

No início do ano ado, os reinos da Arábia Saudita e do Bahrein cortaram relações com a República Islâmica, depois de um grupo de manifestantes ter atacado a embaixada saudita em Teerão.

Posteriormente, como forma de solidariedade, o Kuwait, o Qatar e os Emirados Árabes Unidos convocaram os seus Embaixadores no Irão, decisão que não foi adotada pelo Omã, que apenas lamentou o ataque à representação diplomática saudita.

President Rouhani welcomed by Kuwaiti emir #Iran#President_Rouhani#Kuwaiti_emirhttps://t.co/hJck2d2gqw

— IRNA English NEWS (@IRNANews) 15 de fevereiro de 2017

A Arábia Saudita e o Irão têm uma rivalidade histórica e lutam pelo estatuto de potência regional. Teerão é critico da proximidade das autoridades sauditas com os Estados Unidos. Uma rivalidade que se explica por questões geopolíticas, mas que é também religiosa – o cisma de XIV séculos entre sunitas e xiitas.
Mas o Omã e o Irão gozam de excelentes relações.
O Omã serviu de mediador entre os Washington e Teerão em 2013, numa série de conversações que levaram ao acordo nuclear assinado em Genebra. Também em 2013, o Sultão Qaboos foi o primeiro líder de um país árabe a visitar o presidente Rouhani, depois da chegada ao poder do líder iraniano.

E essa proximidade traduziu-se também no plano económico, já que Mascate e Teerão am um acordo para que o gás iraniano fosse distribuido no Omã, num negócio avaliado em cerca de 55 mil milhões de euros.

Segundo a agência estatal noticiosa iraniana IRNA, o presidente Rouhani defendeu, em Mascate, uma política de “boa vizinhança” e de “segurança” no Golfo Pérsico”.

O presidente iraniano insisitiu na necessidade de união entre muçulmanos sunitas e xiitas, recordando, segundo a agência IRNA que as duas comunidades conseguiram “conviver pacificamente durante centenas de anos.”

#HisMajesty welcomes #Iranian president https://t.co/bjqFXu8lcDpic.twitter.com/3tAM2JuJMv

— Times of Oman (@timesofoman) 15 de fevereiro de 2017

Segundo a agência noticiosa do Omã, a ONA, ambos líderes debateram formas de intensificar a cooperação bilateral. O Sultão Qaboos ofereceu-se ainda para servir de mediador entre o Washington e Teerão, agora que as relações entre os dois Estados podem vir a ar por um maior distanciamento, depois da chegada ao poder do presidente Donald Trump. Depois da visita a Mascate o presidente iraniano deslocou-se ao Kuwait. No Emirado, o presidente Rouhani abordou, com o Emir Sheikh Sabah al-Ahmad al Sabah, as tensões com a Arábia Saudita e a forma de reaproximar Teerão e Riade.

A agência IRNA diz que o presidente deixou o Kuwait satisfeito, depois de ter recebido, da parte das autoridades do Emirado, uma mensagem de boa-vontade dos seis Estados do Golfo, no sentido de “eliminar mal-entendidos” e “melhorar as relações entre os dois lados.”

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