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Líder da oposição bielorrussa Sviatlana Tsikhanouskaya julgada à revelia

Sviatlana Tsikhanouskaya ou pelo Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça
Sviatlana Tsikhanouskaya ou pelo Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça Direitos de autor AP Photo/Markus Schreiber
Direitos de autor AP Photo/Markus Schreiber
De Pedro Sacadura
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Inimigo número 1 do presidente Aleksander Lukashenko descreve o processo como uma "farsa"

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Uma "farsa" e "uma vingança", que "nada tem a ver com justiça." É assim que Sviatlana Tsikhanouskayaclassifica o seu julgamento à revelia, que começou esta terça-feira em Minsk.

A milhas de distância, em Davos, na Suíça, onde participou no Fórum Económico Mundial, a líder da oposição bielorrussa disse que o julgamento é mais um ajuste de contas do presidente Aleksander Lukashenko contra os rivais.

“Classificaria isto como um suposto julgamento porque não tem nada a ver com a justiça do nosso país. Todos estes julgamentos são uma vingança contra aqueles que se opõem ao regime de Aleksander Lukashenko ou se opõem à guerra [na Ucrânia]. Por isso, não estou à espera de nada com certeza. Serei condenada a anos e anos de prisão. O juiz vai-me condenar ao número de anos que lhe for ordenado", sublinhou Tsikhanouskaya.

Rosto da oposição bielorrussa, Sviatlana Tsikhanouskaya está exilada na Lituânia, mas tem corrido mundo a alertar para as violações que se am no seu país natal.

Candidata às eleições presidenciais de 2020 reclamou vitória, contestou, depois, os resultados e alegou fraude.

Tsikhanouskaya mobilizou protestos, que acabaram por ser sempre reprimidos pela força bruta do regime, e que se traduziram em várias detenções, penas de prisão e exílios forçados, como aconteceu com ela própria.

Acabou por ser acusada de alta traição, de conspiração para tomar o poder e de criação de organização extremista. Acusações que - acredita - alguém tentará provar de uma forma ou de outra apesar de não corresponderem à verdade.

Uma longa lista de julgamentos

À semelhança de Sviatlana Tsikhanouskaya, também o jornalista e militante da minoria polaca Andrzej Poczobut começou a ser julgado, esta segunda-feira, à porta fechada, por pedir sanções internacionais contra a Bielorrússia e por, alegadamente, "incitar ao ódio."

Correspondente do diário polaco "Gazeta Wyborcza" na Bielorrússia foi detido em março de 2021. Enfrenta uma pena de prisão que pode ir até aos 12 anos de cadeia.

Mas há mais figuras na mira do regime de Minsk.

Maryna Zolatava, achefe de redação do portal de notícias online TUT.BY, o maior meio de comunicação independente da Bielorrússia, e a diretora-geral, Lyudmila Chekina, também foram a julgamento ontem.

São acusadas de "prejudicar a segurança nacional", de "incitar ao ódio" e de fugir ao pagamento de impostos.

Três outros jornalistas do mesmo meio, que deixaram a Bielorrússia, estão a ser julgados, à revelia, no âmbito do mesmo processo.

De acordo com a Associação Bielorrussa de Jornalistas, 32 jornalistas estão, atualmente, atrás das grades, à espera de julgamento ou a cumprir pena.

Já o centro bielorrusso de direitos humanos Viasna diz que o país tem, neste momento, mais de 1400 presos políticos.

No início de janeiro, começou o julgamento de Ales Bialiatski, co-vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2022 e fundador do Viasna Center. Arrisca até 12 anos de prisão.

Como Bialiatski, estão também a ser julgados Valiantsin Stefanovich, vice-presidente do centro Viasna e da Federação Internacional dos Direitos Humanos, e Uladzimir Labkovich, advogado do Viasna Center.

Outro preso político é Sergei Tikhanovski, o marido de Sviatlana Tsikhanouskaya.Foi detido antes das eleições presidenciais de 2020, o que levou a esposa a avançar com uma candidatura. Acabou por ser condenado em dezembro de 2021 a 18 anos de prisão.

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