Israel efetuou vários ataques no sul do Líbano na quinta-feira, matando uma pessoa e ferindo outras oito, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Pelo menos uma pessoa morreu e outras oito ficaram feridas num ataque aéreo israelita perto da cidade de Nabatieh, no sul do Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde do país.
Os militares israelitas afirmaram que o ataque visou as infraestruturas do Hezbollah, incluindo armas e túneis subterrâneos.
Israel também acusou o Hezbollah de se reagrupar e manter as suas infraestruturas, violando um cessar-fogo estabelecido pelos EUA, em novembro.
O Hezbollah não reagiu de imediato aos ataques, que ocorreram entre os crescentes apelos para que o Estado libanês desarme o grupo militante.
O Hezbollah afirma que manterá as suas armas enquanto Israel controlar parte do sul do Líbano e continuar os seus ataques no país.
Israel continua a controlar cinco pontos no topo de colinas em território libanês, na sequência da sua invasão terrestre no ano ado.
O Primeiro-Ministro libanês, Nawaf Salam, reuniu-se com altos funcionários na cidade de Baalbek, no nordeste do país, que sofreu um impacto significativo com o conflito que matou 4.000 pessoas. "O governo não poupou e não poupará esforços para acelerar a retirada israelita do território libanês", afirmou Salam aos jornalistas.
O Hezbollah afirma ter-se desarmado em grande parte a sul do rio Litani, mas Israel acusa o grupo de estar a tentar reagrupar-se.
A agência noticiosa nacional do Líbano informou que as instituições públicas da região foram encerradas após os ataques, com as famílias a acorrerem às escolas para irem buscar os filhos.
Apesar de um cessar-fogo que entrou em vigor em novembro, os ataques israelitas continuaram. Israel atacou três vezes o sul de Beirute na sequência de dois ataques com rockets a partir do sul do Líbano, que os militantes do Hamas - que controlam a Faixa de Gaza - alegadamente lançaram em março.
Nos termos do acordo de cessar-fogo de 2006, tanto Israel como o Hezbollah deveriam retirar-se do sul do Líbano abaixo do rio Litani, deixando-o sob o controlo dos militares libaneses e das forças de manutenção da paz da ONU.
Este acordo deveria abranger o resto do país, com o objetivo de desarmar todos os grupos não estatais, incluindo o Hezbollah, e pôr termo à presença militar de Israel.