{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2018/12/07/museu-de-africa-reabre-apos-longa-renovacao" }, "headline": "Museu de \u00c1frica reabre ap\u00f3s longa renova\u00e7\u00e3o", "description": "Antigo basti\u00e3o do colonialismo belga, o Museu Real da \u00c1frica Central volta a abrir ao p\u00fablico com uma interpreta\u00e7\u00e3o renovada da hist\u00f3ria", "articleBody": "Durante muito anos apelidado de \u0022\u00faltimo museu colonial do mundo\u0022, o Museu Real da \u00c1frica Central , na B\u00e9lgica, reabre este fim-de-semana depois de mais de uma d\u00e9cada dedicada a renovar tanto o edif\u00edcio, como a vis\u00e3o que d\u00e1 da hist\u00f3ria, antes considerada bastante parcial. Bruno Verbergt, diretor operacional do museu: \u0022O homem africano selvagem, nu ou quase nu, bem como a imagem de propaganda t\u00edpica de \u00c1frica, era como o continente africano era descrito ao povo belga no in\u00edcio do s\u00e9culo XX.\u0022 Foi um desafio de grandes propor\u00e7\u00f5es para o diretor do museu, Guido Gryseels, que teve de contextualizar os abusos coloniais da B\u00e9lgica no pr\u00f3prio edif\u00edcio que antes glorificava o ado colonial do pa\u00eds: \u0022Estamos agora a dizer, de forma clara, que do nosso ponto de vista moral nos distanciamos do colonialismo como sistema, n\u00e3o o aceitamos como sistema de governa\u00e7\u00e3o, pois n\u00e3o \u00e9 aceit\u00e1vel hoje em dia, \u00e9 imoral.\u0022 A escultura de um artista congol\u00eas ocupa agora um lugar de destaque no novo espa\u00e7o de exposi\u00e7\u00e3o. Quando Aim\u00e9 Mpane se mudou para Bruxelas e quis mostrar aos filhos a sua heran\u00e7a cultural, veio a este museu dos arredores da capital belga: \u0022Foi para lhes mostrar a nossa cultura, congolesa. Mostrar todos os pontos positivos da nossa cultura.\u0022 A controv\u00e9rsia continua, no entanto, a existir e \u00e9 uma realidade da sociedade belga. H\u00e1 muitos pontos do pa\u00eds que ainda honram o ado colonialista, como explica o historiador e ativista Jean-Pierre Laus: \u0022N\u00e3o h\u00e1 uma cidade na B\u00e9lgica onde n\u00e3o existam nomes de ruas, monumentos ou placas colonialistas. Est\u00e3o por todos os lados.\u0022 Laus foi um dos respons\u00e1veis pela placa que explica hoje, junto a um busto do antigo rei Leopoldo II, que \u0022o neg\u00f3cio da borracha e do marfim, controlado maioritariamente pelo monarca, teve pesadas consequ\u00eancias para as vidas congolesas\u0022. ", "dateCreated": "2018-12-07T14:22:53+01:00", "dateModified": "2018-12-07T19:18:40+01:00", "datePublished": "2018-12-07T19:18:38+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F48%2F97%2F00%2F1440x810_cmsv2_82dfd2d5-1b9d-5e38-a2b9-124cd5343351-3489700.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Antigo basti\u00e3o do colonialismo belga, o Museu Real da \u00c1frica Central volta a abrir ao p\u00fablico com uma interpreta\u00e7\u00e3o renovada da hist\u00f3ria", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F03%2F48%2F97%2F00%2F432x243_cmsv2_82dfd2d5-1b9d-5e38-a2b9-124cd5343351-3489700.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Museu de África reabre após longa renovação

Museu de África reabre após longa renovação
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Antigo bastião do colonialismo belga, o Museu Real da África Central volta a abrir ao público com uma interpretação renovada da história

PUBLICIDADE

Durante muito anos apelidado de "último museu colonial do mundo", o Museu Real da África Central, na Bélgica, reabre este fim-de-semana depois de mais de uma década dedicada a renovar tanto o edifício, como a visão que dá da história, antes considerada bastante parcial.

Bruno Verbergt, diretor operacional do museu: "O homem africano selvagem, nu ou quase nu, bem como a imagem de propaganda típica de África, era como o continente africano era descrito ao povo belga no início do século XX."

Foi um desafio de grandes proporções para o diretor do museu, Guido Gryseels, que teve de contextualizar os abusos coloniais da Bélgica no próprio edifício que antes glorificava o ado colonial do país: "Estamos agora a dizer, de forma clara, que do nosso ponto de vista moral nos distanciamos do colonialismo como sistema, não o aceitamos como sistema de governação, pois não é aceitável hoje em dia, é imoral."

A escultura de um artista congolês ocupa agora um lugar de destaque no novo espaço de exposição. Quando Aimé Mpane se mudou para Bruxelas e quis mostrar aos filhos a sua herança cultural, veio a este museu dos arredores da capital belga: "Foi para lhes mostrar a nossa cultura, congolesa. Mostrar todos os pontos positivos da nossa cultura."

A controvérsia continua, no entanto, a existir e é uma realidade da sociedade belga. Há muitos pontos do país que ainda honram o ado colonialista, como explica o historiador e ativista Jean-Pierre Laus: "Não há uma cidade na Bélgica onde não existam nomes de ruas, monumentos ou placas colonialistas. Estão por todos os lados."

Laus foi um dos responsáveis pela placa que explica hoje, junto a um busto do antigo rei Leopoldo II, que "o negócio da borracha e do marfim, controlado maioritariamente pelo monarca, teve pesadas consequências para as vidas congolesas".

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Bélgica pede desculpa a mestiços das ex-colónias

Regime iraniano ameaça comunicação social com pena de morte

Ataque russo a armazém em Zaporíjia destrói 100 toneladas de ajuda humanitária