Os habitantes de Graz reúniram-se para uma missa e uma vigília à luz de velas em luto pelas 10 vítimas do tiroteio mortal numa escola.
Várias centenas de pessoas assistiram a uma missa depois de um antigo aluno ter matado 10 pessoas e ferindo muitas outras numa escola da segunda maior cidade da Áustria - Graz - na terça-feira, antes de se suicidar, segundo as autoridades.
O chanceler austríaco Christian Stocker, bem como o vice-chanceler Andreas Babler e a ministra dos Negócios Estrangeiros Beate Meinl-Reisinger assistiram à missa na Catedral de Graz.
"Fiquei muito chocada, como toda a gente", disse Elisabeth Schuster, uma residente local.
Pensando nas vítimas e nos seus entes queridos, Schuster veio à missa para mostrar a sua solidariedade.
"Estou com eles, sinto por eles. E espero que juntos possamos encontrar uma solução para que algo assim não volte a acontecer", acrescentou.
Forças especiais fizeram parte da equipa de primeira intervenção enviada para a escola secundária BORG Dreierschützengasse, a cerca de um quilómetro do centro histórico de Graz, após terem sido recebidas chamadas às 10 horas da manhã, hora local, relatando disparos contra o edifício.
Mais de 300 polícias foram também enviados para o local e ajudaram a retirar os alunos da escola. As imagens do local mostram os estudantes a saírem rapidamente, ando por agentes armados. A polícia informou que a segurança foi restabelecida em 17 minutos.
O ministro do Interior, Gerhard Karner, disse que o atirador tinha sido aluno da escola e que não tinha concluído os estudos.
O autor do crime suicidou-se na casa de banho da escola após o ataque. O massacre foi perpetrado com uma pistola e uma caçadeira que, segundo a polícia, o homem possuía legalmente.
Inicialmente, não havia informações sobre o motivo do homem de 21 anos, que não tem registo criminal. O ministro do Interior, Gerhard Karner, afirmou que o atirador era aluno da escola secundária e não tinha concluído o curso.
O site “heute.at” noticiou que ele não só escreveu uma carta de despedida, como também gravou um vídeo. Nele, parece ter anunciado o seu crime. Enviou-o à sua mãe. 24 minutos depois, ela terá visto a mensagem e alertou imediatamente a polícia. Nessa altura, o jovem de 21 anos terá já disparado contra a escola.
Os meios de comunicação social especularam que ele teria sido vítima de bullying durante o seu tempo de estudante, o que poderia explicar a sua violência. O diretor-geral da Segurança Pública, Franz Ruf, explicou à emissora austríaca ORF que a nota de suicídio não dava qualquer indicação sobre o motivo do atirador.
Segundo a imprensa, o jovem de 21 anos vivia com a sua mãe. Um vizinho disse ao oe24.at: “Ele era totalmente introvertido. Usava os seus grandes auscultadores e uma mochila quando entrava e saía. Não dizia olá, mas nunca foi desagradável”.